Ao sair de uma reunião de diretoria, Sérgio liga para Claudio, um dos gerentes, e pede para que compareça imediatamente à sua sala. Ao chegar, Claudio bate na porta e ouve: “Entra!” e em seguida, “Senta aí!”.
– De que lado você está? – Perguntou Sérgio
– Posso saber o motivo da pergunta? – Indagou Claudio
– Acabo de sair da reunião de diretoria, onde fui informado que você assumiu que o erro no atraso da entrega ao nosso principal cliente foi da nossa área. Então, deixe-me perguntar novamente: De que lado você está?
Claudio olhou calmamente nos olhos de Sérgio e respondeu:
– Sergio, desculpe, mas eu estou do lado interessado em construir o melhor resultado para a empresa, clientes e funcionários. O erro efetivamente partiu da nossa área, e precisamos aprender com ele para que não aconteça novamente. Ao assumi-lo, podemos conversar sobre ele, discutir sobre maneiras de evita-lo, e também contar com a compreensão e o apoio do próprio cliente e de todas as outras áreas envolvidas nesse processo. Existe algum outro lado que eu deveria estar?
Sergio cerrou os lábios, consentiu com a cabeça e disse:
– De fato não. Você está do lado certo. Obrigado.
Por mais incrível que possa parecer, em pleno século 21, na era da informação, num mercado globalizado, hostil e competitivo, muitos líderes ainda não perceberam que em uma organização, quando um perde todos perdem, e quando um ganha todos ganham. Ainda não se deram conta de que não existe “problema seu” ou “problema meu”, e sim “problema nosso”. Líderes que competem com as demais áreas da organização, quando deveriam ser os principais responsáveis por estabelecer maior aproximação e colaboração entre elas. Gestores que não conseguem enxergar além do seu próprio ego, transformando conflitos em confrontos, priorizando o individualismo à individualidade.
Segundo dados de pesquisa recente, são necessários quatro trabalhadores brasileiros para atingir a mesma produtividade de um norte-americano, e boa parte desse resultado está ligado à falta de bom-senso de muitos líderes que incentivam a competição entre áreas nas organizações.
A principal atividade de uma organização, em qualquer ramo de atividade, é “relacionamento”. Sem relacionamentos nada acontece. Relacionamentos com pessoas, áreas, clientes, fornecedores, órgãos públicos, etc. Por isso, um dos principais papéis de um líder é atuar como “embaixador de relacionamentos”, buscando fomentar o espírito de colaboração nessas relações.
Por isso, quando alguém vier até você reclamando de uma pessoa ou área, em vez de associar-se a reclamação, busque conhecer melhor a história e os fatos de ambos os lados, e promova um ambiente de aproximação e colaboração entre elas.
Escolha, portanto, o lado da colaboração, da contribuição, do espirito de equipe, e da conquista dos melhores resultados com pessoas alinhadas e engajadas num único propósito e objetivo: O melhor resultado para todos, porque, quando um ganha todos ganham, quando um perde todos perdem!
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Um grande abraço,
Marco Fabossi
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Muito legal este texto!Agradeço pela contribuição!
GOSTO DE GENTE ASSIM! MUITO BOM, COMO SEMPRE DIGO SE QUER SABER A VERDADE ENTÃO NÃO ME PERGUNTE ! POIS SE PERGUNTAR VAI SABER.
Olá.
Muito interessante esse texto.
Às vezes coloco textos motivacionais no mural, mas esse não coloquei, pois vai ao encontro aos problemas que ocorrem na empresa que trabalho.
Achei que poderia ocorrer problemas.