Meu filho de 7 anos tinha a mania de colocar o dedo na boca, e depois de várias tentativas frustradas para ajudá-lo a parar com isso, resolvi contar-lhe uma história:
– Era uma vez um menino que vivia colocando o dedo na boca, e um dia o dedo ficou colado na boca, e o menino então passou a fazer tudo o que precisava com o dedo na boca. Brincava com o dedo na boca, jogava futebol com a mão na boca, teve que aprender a nadar com a mão na boca, enfim, nunca mais o dedo descolou da sua boca.
Meu filho escutou atentamente a “história” e, por incrível que pareça, pouco a pouco foi deixando de colocar o dedo na boca, e em pouco tempo livrou-se completamente dessa mania.
Alguns meses mais tarde, descíamos meu filho e eu no elevador a caminho da escola, e eu já preocupado com as coisas que precisaria resolver naquele dia, respondia mensagens no celular, quando meu filho me disse: Pai, posso te contar uma história?
– Era uma vez um homem que vivia com o dedo no celular e, um dia o dedo ficou grudado no celular. Aí ele tinha que fazer xixi, dirigir o carro, jogar tênis, levar o filho na escola, e até passear com o dedo colado no celular!
Eu simplesmente apaguei o celular, pedi desculpas, e dei total atenção a ele até deixa-lo na escola.
Liderança é muito mais que posição, título ou cargo; é uma escolha, por isso, “ser chefe” não significa necessariamente “ser líder”, já que muitas pessoas que ocupam posições de liderança, ainda não escolheram liderar. Assim como também encontramos muita gente que escolheu liderar, ainda que não tenha uma posição formal de liderança. Pessoas que, mesmo não tendo o título de “chefe”, influenciam positivamente as pessoas, o ambiente e os resultados. Enfim, como quase tudo na vida, liderança também é uma escolha.
E quando escolhemos liderar, as pessoas também nos escolhem como referência. Nossos comportamentos e atitudes passam a “falar” mais alto do que nossas palavras e, se quisermos continuar influenciando positivamente, precisaremos compreender que palavras movem, mas exemplos arrastam.
Isso não significa, contudo, que precisamos tornar-nos perfeitos, mas demonstrar que estamos dispostos a fazer o melhor com aquilo que temos em nossas mãos, que buscamos aperfeiçoamento e desenvolvimento constantes, que nos interessamos genuinamente pelas pessoas, e que, com elas, conquistaremos os melhores resultados. Afinal, não existem líderes perfeitos, mas tampouco existem líderes que não busquem constante aperfeiçoamento, por isso, ainda que você não tenha feito as melhores escolhas em sua jornada de liderança, a próxima escolha pode ser a melhor de todas.
Qual é a sua?
Aproveitando a oportunidade, gostaria de pedir sua ajuda em responder um questionário sobre “Liderança e Confiança”, que será utilizado em meu novo livro sobre o tema. São apenas 5 minutos. Basta clicar no link a seguir. Desde já, muito obrigado!
Link para a pesquisa: https://pt.surveymonkey.com/r/confianca-link
Um Grande Abraço,
Marco Fabossi
Leia também:
O Poder do Erro (Liderança)
Livro Coração de Líder
A Essência do Líder-Coach
3a Edição – Revisada e Ampliada
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