Dizem que certo dia Rui Barbosa chegou em casa, ouviu um barulho estranho no quintal e percebeu que havia um ladrão tentando levar os seus patos de criação. Ele então aproximou-se cuidadosamente do indivíduo e, surpreendendo-o quando tentava pular o muro com os patos, disse-lhe:
– Oh bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto do píncaro de tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência, e cairás cadavérico que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, respondeu:
– Dotô, eu levo ou deixo os patos?
As pessoas se comprometem com aquilo que conhecem e participam, portanto, se o líder não se preocupa em manter as pessoas informadas sobre o que acontece na organização, retém dados importantes para o bom andamento das atividades, repassa informações incompletas, parciais ou contraditórias, não alinha objetivos e metas, não transfere conhecimento, não dá feedback sincero e honesto para as pessoas, enfim, se o líder é um mal comunicador, como pode esperar que as pessoas estejam comprometidas?
Os líderes são a principal mídia de comunicação de uma organização, por isso, sua disposição, vontade e habilidade em estabelecer uma boa comunicação, impacta diretamente as relações, o clima organizacional, o nível de comprometimento das pessoas e, consequentemente, os resultados.
Mas a comunicação é uma “via de mão dupla”, por isso, mais do que “falar”, é preciso interagir com aqueles que participam da comunicação, e um dos erros mais comuns que cometemos ao comunicar algo importante, é perguntar ao final de uma explicação: “Você entendeu?”. O que as pessoas geralmente respondem à essa pergunta é “Entendi”; e no final, o que geralmente acontece é que o entendimento delas é um pouco diferente daquilo que se tentou comunicar.
Independentemente das razões que provocam essas distorções numa comunicação, existe uma maneira muito simples de diminuir este problema; em vez de perguntar “Entendeu?” ao final de uma explicação, pergunte “O que você entendeu?”. Dessa forma as pessoas podem interagir durante a comunicação e expor aquilo que entenderam sobre o que você disse, permitindo que os devidos ajustes sejam feitos, caso necessário.
Entendeu? Opa, desculpe… O que você entendeu?
Um Grande Abraço,
Marco Fabossi
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Adorei o texto!
Acredito fortemente que uma boa pergunta faz toda a diferença.
Obrigada pela reflexão deste domingo!!!
Boa tarde !
Amo seus textos,eles tem me ajudado muito.
Olá professor! Sou entusiasta do assunto e estou chegando agora ao blog. Parabéns pela leveza e ao mesmo tempo profundidade de análise. Obrigado por compartilhar.
olá marco fabossi gostei muito de seus textos sou formado em gestão de recursos humanos e tenho um blog.Parabéns, pelo seu talento e desempenho.