Em certa ocasião Steve Jobs comentou com o engenheiro Larry Kenyon que o tempo de inicialização do sistema operacional do Macintosh estava lento, ao que Kenyon imediatamente retrucou que não havia como melhorar. Steve Jobs então perguntou:
– Se a vida de alguém dependesse de você reduzir esse tempo de execução, você arrumaria uma solução?
E mencionou que se apenas 5 milhões de pessoas usassem o Macintosh, e se o tempo de inicialização fosse 10 segundos mais rápido, isso representaria uma economia de cerca de 300 milhões de segundos.
Algumas semanas depois, o sistema estava 28 segundos mais rápido.
Quando solicita algo pra alguém, qual é a resposta que geralmente você recebe? “Vou fazer o possível” ou “Vou fazer o melhor”? E quando alguém pede algo pra você, qual é a sua resposta?
Existe uma enorme diferença entre “fazer o possível” e “fazer o melhor”; o “possível” nos mantém na zona de conforto, nos leva a fazer as coisas do jeito que já sabemos, minimiza a possibilidade de erros, produz um baixo nível de comprometimento e, consequentemente, nos conduz à mediocridade. Já o “melhor”, nos tira da zona de conforto, nos desafia, leva-nos a buscar maneiras diferentes de fazer as coisas, gera maior senso de responsabilidade e comprometimento, e nos aproxima da excelência.
Não basta, contudo, evitar a zona de conforto. Enquanto líder, é preciso incentivar as pessoas a buscar a zona de excelência, para que se tornem uma versão melhor de si mesmas a cada dia. E isso não se faz sendo “bonzinho” com elas, mas motivando-as a buscar maneiras diferentes e melhores de fazer as coisas.
Steve Jobs pode não ter sido uma referência de relacionamento e proximidade com seus liderados, mas ele certamente os incentivava a buscar a zona de excelência, e deixou isso claro quando disse: “Meu papel não é ser bonzinho com as pessoas. Meu papel é torná-las melhores”. Por isso, aqui vão alguns passos importantes para que você e eu possamos ajudar as pessoas a buscar a zona de excelência, tornando-se um pouco melhores a cada dia:
Crie um ambiente de confiança e segurança: Aproxime-se de seus liderados, conheça a história deles, compartilhe sua história com eles, demonstre interesse genuíno pelas pessoas (e não apenas pelo resultados que elas podem dar), aja com honestidade, transparência, equidade e abertura;
Ajude-as a encontrar um propósito, causa ou significado: Apoie-as a perceber que aquilo que realizam vai muito além do que fazem. Ajude-as a perceber o impacto e a contribuição daquilo que fazem;
Veja o filme, e não apenas a foto: Ao tentarem algo novo, certamente cometerão erros, portanto, crie um ambiente onde o erro inédito seja considerado como parte do processo (filme) de aprendizagem. Se os erros (principalmente os inéditos) forem motivo de “punição”, raramente as pessoas deixarão a zona de conforto;
Empodere: Prepare, treine, desafie as pessoas a buscar maneiras melhores de fazer as coisas. Evite responder tudo, e comece a perguntar um pouco mais; deixe que elas busquem suas próprias respostas e soluções. Dê autonomia a elas;
Acompanhe e Apoie: Ofereça feedbacks sinceros, honestos e constantes, tanto de correção como de reconhecimento. Atue como um coach.
Lembre-se, o seu papel como líder é incentivar as pessoas à excelência, e não à mediocridade, então, mãos à obra!
Aproveitando a oportunidade, gostaria de pedir sua ajuda em responder um questionário sobre “Liderança e Confiança”, que será utilizado em meu novo livro sobre o tema. São apenas 5 minutos. Basta clicar no link a seguir. Desde já, muito obrigado!
Link para a pesquisa: https://pt.surveymonkey.com/r/confianca-link
Um Grande Abraço,
Marco Fabossi
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Síndrome do Possível (Liderança)
Livro Coração de Líder
A Essência do Líder-Coach
3a Edição – Revisada e Ampliada
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Nesses tempos de tanto trabalho, lembrei-me da palavra NÃO.
Muitas vezes as pessoas exigem excelência dos outros e não são excelentes no que fazem. Pedem sempre urgência e não querem escutar um NÃO posso agora, poderei depois ou amanhã.
Não é possível ser excelente trabalhando 10h, 12h, 14h por dia e deixando os afazeres de casa abandonados. Tem que haver um equilíbrio, pois quem te pede excelência quer tudo pronto, mas não quer saber dos outros serviços da fila “de produção” rs.
Acredito que a excelência é incentivar o outro, mas respeitar as prioridades.