Rudolph Giuliani era prefeito de Nova York quando aconteceu o atentado de 11 de setembro ao World Trade Center. Foi um momento de muita tristeza, confusão e caos generalizado. Ninguém sabia como lidar com aquela situação.
Quando caiu a primeira torre, Giuliani havia acabado de deixar o local, perdeu amigos e familiares na tragédia, enfim, estava muito abalado. Por ser um líder sempre presente e que demonstrava força em suas decisões, todos, de alguma maneira, esperavam por alguma direção vinda de Giuliani.
Nervoso, perdido, frustrado, sem saber o que fazer, antes de tomar qualquer decisão, Giuliani foi dar uma volta no parque pra contemplar o céu, as nuvens, a grama, as árvores, a natureza e, de alguma maneira, buscar se acalmar.
Quando perguntado sobre o que ele aprendeu com isso, Giuliani respondeu:
– Na verdade eu aprendi isso com meu pai, que era policial, e que sempre me dizia: “Rudy, nunca tome uma decisão sem ter certeza de que está calmo”.
A revista Você S/A deste mês, edição 212, traz como matéria de capa: “20 Competências Essenciais para você ser um Bom Líder”, e advinha qual é a primeira delas? Equilíbrio Emocional, ou se preferir, Inteligência Emocional.
Há mais de 50 anos, Dale Carnegie já havia declarado que mais de 75% do sucesso de um líder estavam relacionados à suas habilidades emocionais. Estudos mais recentes da Case Western University, envolvendo quinze empresas globais e milhares de executivos, chegaram à mesma conclusão: cerca de 80% da efetividade de líderes vem de competências existentes na Inteligência Emocional. E nesta mesma reportagem da Você S/A, uma ex-presidente de empresa, hoje headhunter, declara que o que mais importa quando seleciona um líder é o seu grau de Inteligência Emocional.
Temperamento não é um destino, mas uma escolha, consequentemente, controlar as emoções é também uma decisão, aliás, a vida é uma sequencia de tomada de decisões; algumas simples, outras nem tanto. A diferença é que as decisões de um líder, além de impactar sua própria vida, em geral, afetam também a vida de muitas outras pessoas. Por isso, tomar decisões com “os pés no chão”, evitando que a emoção prevaleça sobre a razão, é uma das principais competências para uma liderança eficaz.
Os gatilhos que disparam emoções intensas em cada pessoa são diferentes, assim como suas válvulas de escape, por isso, o primeiro passo para controlar as emoções é conhecer-se melhor, identificar e entender as situações e cenários que nos afeta, antevê-los, gerenciá-los, e então escolher previamente a melhor maneira de agir (e não apenas reagir). Dessa maneira aumentamos a probabilidade de que a razão, e não apenas a emoção, participe das nossas decisões.
Se você costuma ser muito explosivo e não consegue elaborar qualquer pensamento quando se depara com situações de extrema emoção, tente adotar algum “escape”, assim como fez Giuliani, que te permita manter o autocontrole e ganhar tempo para refletir sobre a melhor decisão. Respire fundo, conte até dez, afaste-se temporariamente da situação, projete-se para fora do ambiente, faça atividades paralelas, enfim, busque a alternativa que melhor funcione pra você, mas não se esqueça: Tente não tomar decisões sem ter certeza de que está calmo.
Um Grande Abraço
Marco Fabossi
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Perfeito
Muito boa sua matéria. Parabéns!
Muito bom seu artigo e reflexão. Parabéns!