O frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora e neto de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, a vista era embaralhada, e o seu passo hesitante. Na primeira refeição em família as mãos trêmulas do avô tornaram difícil o ato de comer, e grãos de arroz rolaram da colher para o chão. Ao tentar pegar o copo, derramou água na toalha. A situação irritou fortemente seu filho e nora:
– Assim não dá pra continuar. Temos que fazer algo – disse o filho do ancião.
Decidiram então preparar uma mesa pequena no canto da sala especialmente para o avô. Lá ele podia comer sozinho sem atrapalhar ninguém. Depois de alguns dias, alguns pratos haviam se quebrado e o avô passou então a comer em uma tigela de madeira.
Durante as refeições, quando a família olhava de relance na direção do avô, percebiam alguma tristeza e às vezes uma lágrima em seu olhar. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava alguma coisa. O neto assistia tudo em silêncio.
Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com pedaços de madeira, e perguntou:
– Filho, o que você está fazendo?
E o menino respondeu:
– Ah Pai! Eu estou fazendo uma tigela para você e a mamãe comerem sua comida quando eu crescer.
Não se iluda: você e eu vamos colher daquilo que plantarmos. Simples assim! É a Lei da Semeadura, implacável na vida de pessoas, organizações, países, mundo e planeta.
Muitas pessoas, contudo, têm dificuldade em percebê-la porque o tempo entre a semeadura e a colheita pode levá-las a não perceber que a situação presente é apenas resultado daquilo que se plantou ou deixou de ser plantado no passado e, consequentemente, por esta falta de percepção, acabam depositando na sorte e no acaso a esperança de um futuro melhor.
O Brasil colhe hoje o resultado daquilo que tem sido semeado (ou deixado de semear) ao longo de muitos anos, portanto, se quisermos um país melhor no futuro, ainda que não estejamos aqui pra usufruir desses resultados, precisamos começar a semear agora, em casa, no trabalho, na política, na comunidade, na sociedade, enfim, por todos os lugares, momentos e situações em que as nossas boas sementes forem capazes de alcançar.
Por isso líder, onde quer que você esteja, saiba que a sua semeadura é fundamental e imprescindível para que um futuro melhor se estabeleça, portanto, plante sementes que deem bons frutos. Pare de queixar-se das situações e busque transformá-las. Seja corajoso e claro em meio às incertezas, não se prenda ao passado, semeie no presente e mantenha os olhos no futuro.
Seja alguém comprometido com os resultados, mas, acima de tudo, comprometa-se com o ser humano. Sirva as pessoas com amor, caráter e integridade, e evite usar seu poder, autoridade e influência para servir seus próprios interesses. Não se preocupe com honra pessoal, mas esteja atento às necessidades daqueles que estão ao seu redor. Viva uma vida com sentido, propósito e equilíbrio; persiga objetivos e resultados legítimos, porque em suas mãos está a oportunidade de construir um futuro cheio de fé, amor, respeito, esperança, dignidade e espiritualidade.
Um Grande Abraço
Marco Fabossi
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