Havia um rei que se orgulhava muito de sua linhagem e posição, e que era conhecido por sua dureza com as pessoas.
Certa vez, decidiu caminhar com sua comitiva por um campo, onde, anos antes, havia perdido seu pai numa batalha. Quando chegou ao local, encontrou ali um homem remexendo uma enorme pilha de ossos, e perguntou:
– O que fazes aí?
– Honrada seja Vossa Majestade! Quando soube que o rei estaria aqui, resolvi recolher os ossos de vosso falecido pai para entregar-vos. Entretanto, por mais que procure, não consigo achá-los: É que eles são iguais aos ossos dos camponeses, dos pobres, dos mendigos e dos escravos.
A liderança não existe para o líder, mas para as pessoas. Se você ainda não descobriu isso, tampouco descobriu o que significa liderar. Portanto, alguém que exerce uma liderança centrada em si mesmo, naturalmente se distancia do principal e verdadeiro foco da liderança; as pessoas. Em outras palavras, o líder perde o foco quando quer se tornar o foco.
Por isso, a única maneira de tornar-se o “número um”, e ter sua liderança reconhecida e legitimada, é colocando as pessoas em primeiro lugar. Para que isso aconteça, contudo, é preciso transpor um pequeno obstáculo que, infelizmente, tem sido umas das principais causas do insucesso de muitos líderes; uma palavra pequena, mas muito poderosa: ego.
O único compromisso de uma liderança egocêntrica são as vantagens e glórias pessoais, onde não existe espaço para servir, mas pra ser servido. É, em geral, uma liderança insensível às necessidades dos liderados, que produz medo, fazendo com que pessoas “que pensem” não sejam bem-vindas. Um líder egocêntrico acredita que o fato de ocupar uma posição de liderança tem a capacidade de, magicamente, transformá-lo em alguém mais inteligente, mais capaz, mais poderoso, mais corajoso, menos vulnerável, enfim, como se o fato de ser líder o faça também alguém melhor do que outros.
Coisas se controlam, pessoas não. Para que uma liderança seja efetiva, é preciso trabalhar para diminuir o controle e aumentar a confiança, e pra que isso aconteça, é preciso transpor a barreira do ego e do orgulho, colocando-se na posição de treinador, servidor e mordomo de sua equipe.
Resumidamente, Liderança Servidora significa servir às pessoas provendo a elas aquilo que necessitam para alcançar os melhores resultados, por isso, ao contrário do que muitos pensam, colocar-se na posição de servidor não significa abrir mão da autoridade, mas de aumentar a confiança, fazendo com que a autoridade do líder seja reconhecida e consolidada naturalmente, evitando a necessidade do uso de poder e controle.
Creio que a definição de liderança do Livro Coração de Líder, resume o tema:
“Liderança é a habilidade de influenciar e inspirar pessoas, servindo-as com amor, caráter e integridade, para que vivam com equilíbrio e trabalhem com entusiasmo em direção a objetivos e resultados legítimos, priorizando a formação de novos líderes e a construção de um futuro melhor.” (Marco Fabossi)
Lembre-se: O líder se torna o “número um”, colocando as pessoas em primeiro lugar.
Um Grande Abraço
Marco Fabossi
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Excelente texto!