Samanta achou o conselho de seu professor de pós-graduação um tanto incomum; que foi dado quando ela estava prestes a iniciar sua carreira nos negócios:
– Não se aproxime demais de seus colegas de trabalho. Você nunca sabe quando terá que demitir alguém, e não vai querer demitir um amigo.
Logo depois de iniciar sua carreira, Samanta começou a galgar posições em uma grande empresa farmacêutica, e passou a ter várias pessoas reportando-se a ela. Certo dia, lendo um livro de liderança, ela conheceu a história de Vince Lombardi, o legendário treinador da Liga Nacional de Futebol (Americano) do Green Bay Packers no final da década de 1950.
Samanta se surpreendeu ao descobrir que Lombardi instruía os membros de seu time a terem uns pelos outros um cuidado genuíno.
– Nós não gostamos uns dos outros – nós amamos uns aos outros – ele disse durante um banquete de premiação em 1961 – Se vocês jogam juntos como um time, precisam cuidar uns dos outros, têm de amar uns aos outros, só assim saberão que são um time.
Movida pelo exemplo de Lombardi, Samanta precisou tomar uma decisão. Deveria manter seus colegas de trabalho a uma distância segura, seguindo o conselho de seu professor, ou deveria passar a oferecer cuidado e compaixão – amor – pelas outras pessoas?
Extraído no Texto de John D. Beckett
E você? Qual é a sua opinião? Bem, permita-me expressar a minha…
Quando falamos sobre “amor”, a primeira ideia que nos vem à mente é o sentimento afetivo, que faz parte da liderança, mas não é a principal forma de exercê-lo. Quando temos afetição, amizade ou simpatia pelas pessoas, não é preciso fazer qualquer esforço para servi-las ou buscar o seu bem-estar, já que tudo flui com muita naturalidade. Mas o que fazer quando somos desafiados a conviver com pessoas que não conseguem despertar este nobre sentimento em nós?
Simples: Ame-as, porque o amor é o que o próprio amor faz. Este é o que chamamos de amor Ágape, o amor atitude, que não nasce do sentimento, mas da decisão de amar por enxergar nas pessoas seres humanos que, como nós, precisam de apoio, levando-nos a servi-las, e estar atentos às suas reais necessidades, seus interesses e seu bem-estar, independentemente do sentimento que possamos ter por elas.
É por isso que, mais que sentimento, amar é uma decisão, uma atitude que traduz e reproduz o seu verdadeiro interesse pelas pessoas, demonstrando que o amor é, na verdade, o que o amor faz.
Na liderança, o amor se revela por meio de atitudes simples como encontrar tempo para ouvir as pessoas, apoiá-las em seu desenvolvimento, procurando ser justo e equânime com elas, dando feedback sincero e honesto, tratando-as com o respeito e a importância que todo ser humano merece.
Líder também é gente, e como tal, pode até não gostar de alguém que está sob sua liderança, entretanto precisa estar disposto a atender às necessidades e expectativas, e cuidar do bem-estar dessa pessoa, porque em liderança, atitudes falam muito mais que palavras, e se estas atitudes não demonstrarem amor, suas palavras se tornarão naturalmente vazias e insípidas.
Por isso, ame com amor ágape, porque o amor é o que o próprio amor faz.
Um Grande Abraço, Marco Fabossi
Textos Relacionados
Amor, a Essência da Liderança
Amor
Coração de Líder A Essência do Líder-Coach 3a Edição - Revisada e Ampliada Agora também em Áudiolivro Clique e Adquira o seu Livro ou AudioLivro
Inscreva-se no Blog da Liderança e receba semanalmente os textos de Marco Fabossi |
Belo texto!
Excelente texto.
Amar é importante, mas sem paternalismo, como escrito no texto anterior.
Abraço.
Maravilhoso texto!
Mais uma vez me sinto enriquecido!
Obrigado Fabossi!
inspirador e desafiador. um exercício diário.
muito bom!!! Principalmente neste momento, onde cada pessoa começa a fazer uma revisão de seu ano de trabalho!
Obrigado pelo envio Marcos!
Converge com o que acredito sobre liderança.
Aproveito para comentar que este ano fiz um treinamento com a Ana, da Crescimentum, e foi espetacular. Em um treinamento de 2 dias ela superou a expectativa.
Abraço!
Texto Excelente!