Estava num taxi outro dia, quando, de repente, outro veículo saiu subitamente de um estacionamento bem na nossa frente. O motorista do táxi pisou no freio, desviou e, por um triz, escapou do acidente.
O motorista do outro carro, mesmo errado, parou, baixou o vidro, e começou a gritar com o taxista, que apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo de maneira bem amigável.
Assim que retomamos o trajeto, perguntei:
– Porque você fez isso? O cara quase causa um acidente grave, por pura imprudência, te xinga, e você simplesmente diz que está tudo bem?
E ele respondeu:
– As pessoas, em determinados momentos, por algum motivo, se comportam como “Caminhões de Lixo”. Deixam acumular as frustrações, raiva e desapontamentos, e como a quantidade desse lixo vai aumentando, elas precisam de um lugar para descarrega-lo e, às vezes, tentam descarregar sobre a gente. Por isso, cabe a cada um de nós aceita-lo ou não. É uma escolha. Eu prefiro não aceita-lo, devolvendo-o à pessoa com um sorriso, um aceno, um olhar, ou uma falta de resposta, desejando-lhes o bem, e assim, ambos tocamos a vida pra frente.
Todos nós passamos por preocupações, dificuldades, problemas, frustrações e perdas que impactam diretamente em nossas emoções e, consequentemente, afetam nossa maneira de lidar com situações e pessoas no dia a dia.
E aqui vejo que ambos os lados, tanto o que tenta despejar o seu “lixo”, quanto aquele que é alvo dele, têm a oportunidade de escolher o que fazer. A melhor escolha, sem dúvida, seria evitar despejar o nosso “lixo” nas pessoas, contudo, ainda que isso aconteça, a outra pessoa ainda tem a oportunidade de escolher não aceita-lo, usando sua Inteligência Emocional para trazer um pouco mais de razão para a situação, e assim evitar problemas ainda maiores.
Imagine como esta escolha poderia ajudar a melhorar as relações no trabalho, no casamento, com os filhos, enfim, como o mundo melhoraria se as pessoas deixassem de tentar jogar o seu “lixo interior” nas outras, e também escolhessem não aceitar o que os outros, por algum motivo, têm tentado despejar sobre elas.
Seria como deixar de jogar tênis, onde o objetivo é derrotar o oponente, para começar a jogar frescobol, onde ambos têm o objetivo de manter a bolinha no alto, ainda que alguns movimentos sejam mais bruscos por parte do parceiro. Em resumo, é trocar a competição pela colaboração, a disputa pelo acordo, e impaciência pela compreensão, e isso depende de uma coisa apenas: Escolha.
Temperamento não é um destino, mas uma escolha, consequentemente, controlar as emoções é uma decisão. Você e eu temos todos os recursos que necessitamos para gerenciá-las de maneira inteligente, usando-as a nosso favor de forma intencional. Somos seres capacitados para pensar, refletir e agir intencionalmente, para que nossas emoções nos aproximem de nossos objetivos e nos levem a lugares e resultados cada vez melhores.
E então, o que você tem escolhido?
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Um grande abraço,
Marco Fabossi
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Bom dia!
Conheço um ditado que fala a respeito do casamento:
Você quer ter razão ou ser feliz? É verdade, cabe a cada um decidir o que quer para si mesmo, ou para o seu dia seja em que setor for, não podemos deixar que os outros decidam como será o nosso dia. Melhor seria que decidíssemos ser felizes.
Abraço.
Boa tarde!
É preciso cultivar a corrente do bem, para que a do mal fique sem função.
Nilda
Muito bom esse artigo. Gostei principalmente da parte onde fala sobre trocarmos a competição pela colaboração. As pessoas tem medo de agregar valor as outras e ficar pra trás… mal sabem que quanto mais agregam valor aos outros, mas crescem…