Creio que boa parte dos seres humanos caminha pela vida em Fila Indiana, cada um carregando uma mochila na frente e outra atrás. Na mochila da frente, colocam suas qualidades, talentos e pontos fortes. Já na mochila de trás, guardam seus incômodos, defeitos e pontos fracos.
Durante sua jornada, essas pessoas mantém o foco em suas virtudes, na mochila presa ao seu peito, enquanto reparam impiedosamente, nas costas daquele que está adiante, a mochila com os “defeitos” que essa pessoa possui.
E por caminharem assim, em Fila Indiana, acabam julgando-se melhores do que aquele que está a sua frente, sem perceber que a pessoa andando atrás delas, está pensando exatamente a mesma coisa a seu respeito.
Muitos profissionais com talento, habilidade e ótimas oportunidades, dentre eles vários líderes, estão bem longe de onde poderiam estar por um simples motivo: falta de autoconhecimento e autoliderança, dois fundamentos básicos para quem deseja desenvolver-se como líder.
Já sabemos que liderar pessoas não é uma tarefa simples, contudo, não existe resistência maior do que liderar a si mesmo, fazendo com que o próprio líder se torne o seu maior inimigo, porque a autoliderança é uma das ações que mais exige equilíbrio, determinação e disciplina por parte do líder.
O desafio começa na própria essência do ser humano, que já vem de fábrica com algumas características bem interessantes:
– A visão que temos de nós mesmos, na maioria das vezes, não é realista, ou seja, não somos exatamente o que pensamos ser;
– Somos capazes de formular conceitos sobre qualquer outra pessoa, exceto sobre nós mesmos;
– Temos a tendência de julgar os outros por suas ações, e a nós mesmos pelas intenções, usando, assim, nossas boas intenções para justificar erros e amenizar resultados negativos.
Por isso, como líder, antes de conhecer, inspirar e motivar os outros, é preciso fazê-lo a si mesmo, viajando pelo interior, antes de se aventurar pelo exterior, já que a jornada do crescimento, da liderança e do sucesso começa pelo lado de dentro.
No dia a dia, uma maneira simples de aumentar o autoconhecimento é perguntando àqueles com quem interagimos sobre como eles nos percebem, já que a visão que temos de nós mesmos não é tão realista assim. Provavelmente, vai “doer” um pouco, contudo, se essa ampliação do autoconhecimento vier acompanhada de autoliderança, planos de ação e disciplina para colocá-los em prática, o resultado será extraordinário.
E então: Quem é você? Quais são seus pontos fortes e pontos fracos? O que você pode fazer para potencializar seus pontos fortes e melhorar alguns pontos fracos?
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Um grande abraço,
Marco Fabossi
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O autodesenvolvimento e autoconhecimento é um desafio constante. Realmente envolve humildade para aceitar as imperfeições que possuímos, que os outros percebem e nós não.