A esquiadora Bonnie St. John Deane participava das paraolimpíadas competindo com outra esquiadora portadora da mesma limitação física. Ambas tinham apenas uma perna.
A outra atleta foi a primeira a partir na competição e na última volta se desequilibrou, caiu, levantou-se e cruzou a linha de chegada com um tempo não muito competitivo.
Confiante, Bonnie comentou com a equipe que bastava não cair para garantir a vitória. Mas o inesperado também aconteceu com Bonnie; ela também caiu e cruzou a linha de chegada com um tempo maior que sua oponente, e perdeu a disputa.
Bonnie ficou arrasada, e um de seus companheiros que tentava consolá-la lhe disse:
– Ela é apenas uma esquiadora mais rápida que você.
E Bonnie respondeu com firmeza:
– Não, ela não é mais rápida que eu, mas ela se levantou mais rápido que eu!
Existem poucas verdades absolutas na vida, e uma delas é que todo ser humano “vai cair em certas curvas da sua existência”. Por isso, mais importante do que evitar as quedas (já que muitas delas são inevitáveis), é aprender a levantar o mais rápido que puder. Isso é resiliência; a capacidade de nos recuperarmos das pressões e adversidades da vida; a velocidade com que levantamos dos tropeços do cotidiano.
Estudos recentes da neurociência têm reforçado a importância e o impacto da resiliência na qualidade de vida, no sucesso e nos resultados das pessoas, principalmente, porque é a competência mais importante na ressignificação de acontecimentos e fatos que armazenamos em nossa memória ao longo da vida.
O cérebro trabalha por associação, ou seja, quando você se depara com uma nova situação, ele imediatamente busca na memória referências de situações similares, e atribui a esta nova situação o mesmo significado. Se a situação de referência é ruim, existe uma grande probabilidade de que, mesmo sem muitas informações, a nova situação seja encarada como algo ruim, levando-o(a) naturalmente a um estado de defesa ou proteção. De fato, a nova situação pode não ser ruim, ou até mesmo ser muito boa, contudo, o significado que temos registrado na memória para esse tipo de situação é que determinará como iremos encará-la. Um exemplo comum no cotidiano corporativo é a mudança ou implantação de um sistema. Quem já passou por uma implantação desastrosa, quando houve a notícia da chegada de um novo sistema, já começa a se desesperar. E o problema não para por ai, porque nós agimos de acordo com o que acreditamos e, se cremos que determinada situação nos oferece algum tipo de risco ou ameaça, agiremos para evita-la ou afastá-la de nós.
Por isso, buscar compreender que as situações do dia-a-dia não são, por natureza, boas ou ruins, é o primeiro passo para aumentar o nível de resiliência, e assim dar-se a oportunidade de atribuir no presente um novo significado a situações que possam ter sido negativas no passado, permitindo que essas novas experiências e aprendizados ajudem a ressignificar as anteriores, fazendo com o cérebro o(a) ajude a “levantar-se mais rápido” quando deparar-se com situações “supostamente” difíceis ou ruins.
Portanto, se “aquela” situação é, de fato, boa ou ruim, é você quem vai decidir!
Assista este vídeo. Vale muito a pena!
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Um Grande Abraço,
Marco Fabossi
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Parabéns! Excelente texto.
Muito inspirador.
Excelente matéria. Só “perdeu” para o vídeo ! É como dizem ” Nada de fato importa, a não ser a prosperidade que se deixa ao mundo”. Obrigado Fabossi por mais este grande saber!!
Por favor posso obter através deste endereço algumas obras ligadas a liderança policial?