João trabalha na empresa há 15 anos. É um funcionário dedicado, e muito orgulhoso por ser um dos primeiros colaboradores da organização. Apesar disso, ele não consegue entender porque o Carlos, que tem apenas 1 ano de empresa, foi recentemente promovido, e já ganha o mesmo salário que ele. Um absurdo!
João decidiu então falar com o Sr. Alberto, seu chefe, pra entender a situação:
– Sr. Alberto, preciso conversar com o senhor. O Carlos trabalha aqui há apenas 1 ano, já foi promovido, e está ganhando o mesmo que eu que trabalho aqui desde o começo da empresa, há mais de 15 anos. Eu sempre fiz tudo certinho, nunca me atraso, e sempre faço o que senhor pede. O senhor acha isso correto?
O Sr. Alberto pensou um pouco e respondeu:
– João, antes de responder sua pergunta, preciso que me ajude com algo. No próximo mês pretendo reunir todos os vendedores para um treinamento, e quero que façamos um coffee-break diferente, apenas com frutas e sucos naturais. Faça-me um favor: pegue a lista de frutas e quantidades com minha secretária, e veja o que consegue negociar com o supermercado vizinho. Veja se eles têm o que precisamos, os preços, etc. Assim que tiver as informações, voltamos a conversar, ok?
João não perdeu tempo. Pegou a lista com a secretária, foi correndo ao supermercado que ficava bem em frente ao escritório, e 1 hora depois voltou dizendo:
– Sr. Alberto, fui ao supermercado, e eles não têm todas as frutas da lista. Eu perguntei para a pessoa que estava fazendo a reposição, e ela disse que a cada semana eles recebem tipos de frutas diferentes, por isso não dá pra garantir que eles terão as frutas que pediu para semana da reunião.
O Sr. Alberto agradeceu, e pediu para que João aguardasse ali mesmo, chamou o Carlos, e pediu a ele exatamente o que havia pedido ao João. Enquanto Carlos foi ao supermercado, ele e João ficaram conversando sobre a história da empresa, mas em poucos minutos o Carlos retorna e diz:
– Sr. Alberto, desculpe a demora. Conversei com a gerente do supermercado, e ela não pode garantir que as frutas que precisamos estejam disponíveis na semana da reunião, por isso fui ao supermercado que fica duas quadras daqui. Lá consegui o compromisso do gerente de que teremos todas as frutas para nossa reunião. Aqui está a lista de preços: a Banana custa R$ 5.00 a dúzia, a Laranja R$ 10,00 o saco com 24 unidades, e eles podem entregar descascadas por mais R$ 5,00. Estes preços são melhores que os do outro supermercado, e ainda consegui um desconto de 15% pela quantidade. Por favor, apenas confirme se está de acordo para que eu possa confirmar o pedido. No dia da reunião, a entrega será feita bem cedinho, e eu mesmo estarei aqui para receber e conferir a mercadoria.
O Sr. Alberto então agradece o Carlos, diz que falará com ele depois, e olha para o João que continuava aguardando em sua sala, e diz:
– Muito bem João, sobre o que mesmo estávamos conversando?
– Nada não Sr. Alberto, deixa pra lá.
Infelizmente, muitas pessoas sofrem da síndrome do possível; quando alguém lhes pede alguma coisa ou mesmo quando são responsáveis por entregar alguma tarefa ou resultado, agem na base do “farei o possível” e não “farei o melhor”.
Parece uma diferença sutil, mas existe um abismo entre “fazer o possível” e “fazer o melhor”. O “possível” qualquer um pode fazer; o “melhor”, contudo, apenas aqueles que estão verdadeiramente engajados e comprometidos com a excelência e com o melhor resultado. Fazer o melhor não significa necessariamente fazer perfeito, mas fazer tudo o que estiver ao nosso alcance com os recursos disponíveis naquele momento.
Aqueles que sofrem da síndrome do possível são pessoas “mais ou menos”. Se perguntarmos pra elas: “Como vai o trabalho?”, a resposta será “Mais ou menos”. “Como estão as coisas em casa?”, “Como está o casamento?”, “Como anda sua vida?”, advinha qual é a resposta: “Mais ou menos”.
Por isso, a síndrome do possível leva as pessoas à mediocridade, porque medíocres são aqueles que, podendo fazer o melhor, contentam-se em fazer o possível.
No seu trabalho, na sua atividade, nos seus relacionamentos, enfim, na sua vida, você está fazendo o possível ou o melhor?
É por isso que o Líder tem a responsabilidade de exigir o melhor de seus liderados todos os dias, porque, quando aceita menos do que isso, ou não os apoia na busca do melhor, os acostuma à mediocridade. Portanto Líder, empenhe-se em fazer o melhor e a conduzir seus liderados no caminho da excelência, extinguindo a síndrome do possível da sua liderança.
Cuidado! Não deixe que a síndrome do possível pegue você!
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Um grande abraço,
Marco Fabossi
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Adorei esse texto, muito bom!!! Uma linguagem bem objetiva pra aqueles que estão vivendo na famosa “zona de conforto”.
É isso mesmo, devemos fazer como se fosse para nós mesmos, pois assim estaremos sempre fazendo o melhor. Esta é uma boa lição, devemos realizar tudo para o próximo como se fosse a mim mesmo. Todos nós gostamos do melhor, então vamos dar um pouco mais para termos um mundo melhor.